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Os 26 filmes recomendados por David Fincher: 08 - Paper Moon




Diretor: Peter Bogdanovich


Roteiro: roteiro escrito por Alvin Sargent adaptado do livro de Joe David Brown.


Elenco: Ryan O’Neal, Tatum O’Neal, Madeline Kahn, John Hillerman e P.J. Johnson


Sinopse: 1936. Depois da morte da mãe, a órfã Addie Loggins é deixada aos cuidados de um vendedor de bíblias picareta para ser levada aos seus parentes mais próximos. Inclusive este mesmo pode ou não ser pai dela. A caminho dos parentes de Addie, Moses descobre que a menina de nove anos é bastante difícil: ela fuma, xinga e é quase tão desonesta e manipuladora quanto ele. Eles unem forças como vigaristas, trabalham juntos tão bem que Addie não quer mais se separa.



Onde assistir: Há no Google Play, mas em inglês. Muito dificil de achar. Encontrei um disponível na Americanas, o qual tenho a impressão ser o mesmo oferecido no Submarino e no Shoptime. Ainda, há alguns que podem ser encontrado no Mercado Livre, opção 1 e opção 2.



Relevância do filme: O filme é um road movie mordaz e com uma dupla insólita, provavelmente um pai e uma filha, que se não o são pela biologia, sem dúvida se dão muito bem. O filme é uma aula de como se construir uma dupla que ao mesmo tempo tem um forte constraste são muito semelhantes.


Sobre Peter Bogdanovich, ele foi um importante crítico e estudioso de cinema que escreveu sobre e entrevistou dezenas de grandes diretores e roteiristas. Não bastando, depois de um convite do lendário Roger Corman para dirigir um filme, ele tomou gosto pela coisa e passou integralmente à direção e atuação. Na ativa até hoje construiu uma sólida carreira realizando filmes como “Last Picture Show (A Última Sessão de Cinema”, e participações em obras consagradas como “The Sopranos”.


Alvin Sargent (morto em 2019) concorreu ao oscar pela primeria vez com o roteiro de Paper Moon. Embora não tenha vencido nesta ocasião, venceu duas estatuetas posteriores de melhor roteiro adaptado por Ordinary People (Gente como a Gente) e Júlia.


Segundo o imdb, um dos mais importantes críticos de cinema norte-americano, Roger Ebert, se comoveu tanto com Lua de Papel e deu ao mesmo sua nota máxima.


“Robert Ebert gave this movie four stars and said the following: The movie is about two con artists, but not really about their con, and that's a relief. We've seen enough movies that depended on the cleverness of confidence tricks - not only 1930s movies, but right down to the recent "The Flim-Flam Man." No, Bogdanovich takes the con games only as the experience which his two lead characters share and which draws them together in a way that's funny sometimes, but also very poignant and finally deeply touching."


tradução googleada:


“Roger Ebert deu a este filme quatro estrelas e disse o seguinte: O filme é sobre dois vigaristas, mas não é realmente sobre o golpe deles, e isso é um alívio. Já vimos filmes suficientes que dependiam da inteligência de truques de confiança - não apenas filmes dos anos 1930, mas até o recente "O Homem de Flim-Flam". Não, Bogdanovich considera os jogos de trapaça apenas como a experiência que seus dois personagens principais compartilham e que os aproxima de uma forma que às vezes é engraçada, mas também muito mordaz e, por fim, profundamente comovente.”



Impacto na obra do Fincher: Não encontrei nada específico que Fincher tenha comentado ou falado sobre Paper Moon. No entanto,o último filme de David Fincher se insere dentro de um grande debate dentro da história do cinema, a questão do autor em Cidadão Kane, e esta foi uma trincheira de batalha de Peter Bogdanovitch


Vejamos a partir de uma polêmica entre este e Pauline Kael acerca da autoria de Citzen Kane (Cidadão Kane). Segundo uma entrevista de Fincher sobre Mank para a Vulture (que pode ser lida aqui! ), há uma nota que especifica que diz o seguinte:


“In 1971, Pauline Kael published a 50,000-word essay, in which she argued that Herman Mankiewicz, who was co-credited with Orson Welles for Citizen Kane’s Oscar-winning screenplay, was in every meaningful way its sole author. The controversial essay, which drew a furious response from, among others, Peter Bogdanovich, writing as Welles’s surrogate, has since been partially discredited, but remains a flashpoint in critical arguments over the limits of the auteur theory and over the systematic downplaying of the contributions of screenwriters.”


Segue a tradução googleada:


“Em 1971, Pauline Kael publicou um ensaio de 50.000 palavras, no qual ela argumentou que Herman Mankiewicz, que foi co-creditado com Orson Welles para o roteiro vencedor do Oscar de Citizen Kane, foi em todos os sentidos o seu único autor. O polêmico ensaio atraiu uma resposta furiosa de, entre outros, Peter Bogdanovich, que escrevendo como substituto de Welles, desacreditou esse ponto de vista. No entanto, a controvérsia permanece com argumentos críticos sobre os limites da teoria do autor e sobre a minimização sistemática das contribuições de roteiristas.”


E Mank, com certeza vem a contribuir para a discussão.


O livro de Pauline Kael foi publicado no Brasil com o título Criando Kane e outros Contos e se você se interessar, pode encontrá-lo aqui!






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